O Cartão Jovem, programa de políticas públicas de juventude, que é também uma marca inesquecível para várias gerações de portugueses, nasceu há 35 anos, a 18 de junho de 1986. Ao longo destas mais de três décadas tem tido um contacto cada vez mais forte com os utilizadores, que fica muito patente na modernização da comunicação que tem sido levada a cabo no último ano.
Além de disponibilizar milhares de vantagens em 38 países europeus, o Cartão Jovem tem assumido um papel de continuado empoderamento dos jovens. “Mais do que dizermos que ouvimos os jovens e que trabalhamos para os jovens, temos de dar voz aos jovens e dar-lhes oportunidade de escolher o seu próprio futuro. É isso que temos procurado fazer com projetos com o #StandForSomething, da EYCA (European Youth Card Association), e com a sensibilização para valores e questões fundamentais como a igualdade, a justiça social, a tolerância ou a preservação do ambiente, mas também para a saúde e os estilos de vida saudáveis”, defende Nuno Coelho Chaves, presidente da Movijovem, que gere o programa em Portugal.
Tendo Portugal sido “um dos seis países fundadores do programa Cartão Jovem”, em 1986, a verdade é que este “continua a assumir um papel preponderante na construção do sentido de pertença dos jovens portugueses à União Europeia”, afirma João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e Desporto, relembrando que este ano o programa tem contribuído para “a discussão e preparação da Conferência sobre o Futuro da Europa, promovida pela Comissão Europeia, envolvendo diretamente os jovens nos rumos que a política precisa tomar para responder aos anseios e sonhos da juventude e permitindo-lhes ter uma palavra a dizer na permanente construção do projeto europeu”.
Recorde-se que este primeiro semestre de 2021 é marcado, também, pela Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, onde a participação jovem multinível e as políticas baseadas em direitos assumem especial relevância em matéria de juventude, tendo existido um amplo debate ao nível europeu acerca da importância de se incentivarem políticas que contribuam de forma efetiva para a participação dos jovens nos processos de tomada de decisão.
Para a Movijovem, no momento em que o Cartão Jovem atinge este importante marco na sua existência, “deve manter-se fiel à sua génese e, desta forma, refletir a pluralidade e a diversidade da juventude, abarcando várias juventudes e procurando ser a via fundamental para que a voz destas várias juventudes seja expressa, escutada e se traduza em respostas concretas”.